Todo ser humano nutre
expectativas. O professor, ao entrar na sala de aula, tem expectativa de que os
seus alunos entenderão e se interessarão pelo que vai apresentar-lhes. Uma mãe
ao acariciar o filho no berço sonha com um homem ou mulher brilhante, de viver
correto e com sucesso. Se esse filho
traz alguma marca genética, ou congênita, especial os pais esperam que quando
crescer a sociedade tenha evoluído cientificamente e socialmente ao ponto de
proporcionar-lhe um viver digno, sem padecer preconceito e como todas as
condições tecnológicas de que necessita para ter uma vida de acordo com os
parâmetros da normalidade ou do que é
comum a todas as pessoas.
Essas pessoas creem,
têm fé. É essa crença, esse acreditar, que alimenta a esperança e justiça os
esforços.
Quando um professor
deixa de acreditar que os alunos se interessarão pelo que tem a dizer, perde a
vontade de trabalhar e começa a contagem regressiva para a aposentadoria ou
para a saída do magistério.
Quando um cônjuge de
acreditar que o relacionamento será bem sucesso, deixa de fazer investimentos
nele. Começa se autoproteger e investir em si mesmo. Muitos jovens, quando
deixam de acreditar que serão aceitos pela família, que terão sucesso na escola
ou em alguma carreira, começam a escalada descendente rumo às drogas.
Acreditar é um ato de
autoproteção, por isso é necessário.
O apóstolo Paulo
partilha dessa ideia ao afirmar que “sem fé, é impossível agradar-lhe [a Deus]; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele
existe, e que é galardoador dos que o buscam”( Hb 11:6).
Se um professor vai à
escola sema creditar que os alunos têm interesse em aprender acabará
desmotivando–os ainda mais. A sua incredulidade estará estampada no rosto e, de alguma forma, se afetará a todos. Da mesma forma, se vamos a Deus em busca de
algum auxílio não acreditando que tal fato possa ocorrer ou Deus existe e pode
conceder o que busca é muito provável que não alcance o que pede. Essa é a
mensagem de Paulo.
Jesus quando desceu do Monte da Transfiguração
encontrou no sopé do mesmo um pai aflito com um filho que tinha um sério
problema de epilepsia, surdez e mudez. Se dúvida um problema muito sério ainda
hoje que já superamos boa parte dos nossos preconceitos, imaginemos naquele
tempo. Cuidar de uma pessoa com essas particularidades deve ser um trabalho
nada simples.
O homem aproximou-se de
Jesus pedindo que tivesse compaixão
do seu filho e que o curasse (Mc
9:14-29). “E Jesus disse-lhe: Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê. E, logo, o pai do menino, clamando, com
lágrimas, disse: Eu creio, Senhor! ajuda a minha incredulidade”.
O pai do
menino acreditava. Sabemos disso não só pela sua declaração, mas pela sua ação.
Se não acreditasse na possibilidade de cura não teria se dado ao trabalho de
procurar Jesus. Se não acreditasse que sua família poderia viver melhor não teria
se dado ao trabalho de insistir mais uma vez.
Crer é necessário para que mantenhamos viva a chama
da esperança.
Antono Sales
profesales@hotmail.com
Nova Andradina, 17 der agosto de 2013.
Crer e esperar pela maravilhosa promessa é fácil, pelo fato de que me julgo certa. Difícil é compartilhar essa esperança com as pessoas ou grupo, que com eles convivo. (não creio na profissão de fé do próximo).Entre os dois sentidos vejo uma enorme muralha. Mas não abandono a esperança, porque sem esperança a vida não tem sentido.
ResponderExcluirÉ difícil compartilhar porque a crença tem significados diferentes para as diferentes pessoas. Aquilo que te empolga e anima, pode não ter o menor sentido para o outro. O difícil mesmo é conviver com essa diferença.
ExcluirConcordo; existe aquelas diferenças, imutáveis, não há acordo.
ResponderExcluirAs diferenças inaceitáveis são aquelas que agridem propositadamente. São evitáveis que não são evitadas.
ResponderExcluirQuando esta diferença vem a existir, um espaço pode ser do tamanho de mato grosso, que se torna pequeno.
ResponderExcluirSim, porque as diferenças agressivas nos ofendem
ExcluirDeus entregou o mundo para que o homem administrasse, mas não deu o poder de adivinhar o que está por baixo de um amontoado de areia, com aparência de rocha,a pessoa escolhe o caminho, depois depara com as ofensas, e cujas ofensas, machuca e machucam muito. Um novo caminho pode ser seguido e viver dias como se estivesse em um jardim florido e perfumado.
ResponderExcluirSuponho que esteja falando metaforicamente, onde areia significa dificuldades, querelas. É assim mesmo amigo, amigo. Nunca sabemos com certeza qual o próximo passo seguro.
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