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sábado, 24 de setembro de 2011

O OLHAR DE JESUS



Era o mês de janeiro do ano de 2002. Eu estava na cidade de Bodoquena, MS. Estava muito cansado, exausto. Fatigado pelos afazeres e problemas da vida e ansioso por descanso. Queria passar uns dias sem pensar em algo específico, deixar os pensamentos caírem no vazio. Viver por, alguns dias, o nada, o vazio da existência.
Era uma quarta-feira e o vazio fazia-me sentir a necessidade de ouvir uma palavra consoladora. Fui à igreja. Sentei nos últimos bancos. Não queria ser visto. Queria ouvir algo que me animasse,  que me trouxesse de volta à existência. Nessa noite uma irmã solou um hino conhecido, mas que fazia tempo não o ouvia. O meu estado de espírito estava predisposto a encontrar conforto pessoal nas palavras desse hino. Quando ela cantou “seu maravilhoso olhar” proferiu as palavras que eu precisava ouvir.
Qual a maravilha do olhar de Cristo?  Perguntava eu. Se Ele me olhasse hoje qual seria,  para mim, o significado desse seu olhar?  Eu estava de férias e havia saído de Campo Grande para descansar. Eu não queria escrever, pregar ou ensinar ninguém naquela semana. Também não queria dormir. Estava em busca de algo que não fosse rotineiro. Mas ali estava um hino conhecido com suas palavras familiares, embora  há muito tempo não as ouvia,  fazendo eco no meu coração. No restante daquela semana, enquanto andava pelos campos e balneários da localidade, as palavras do hino ecoavam em meus ouvidos e a pergunta persistia: qual a maravilha do olhar de Cristo?
Pensava nas imagens que temos de Cristo. Sempre sério, olhar parado, penetrante e perguntava: é a esse olhar que o autor do hino se referia quando escreveu essa poesia?
Numa tentativa de compreender a expressão “maravilhoso olhar” comecei por pensar nos olhares humanos.
Os olhos são a vitrine do corpo dizem os iridólogos. Não estou convencido disso, mas estou convencido de que os olhos são a vitrine  da alma. O olhar, normalmente,  revela o que vai no interior: o medo, o ódio, o amor, a indiferença e até a  malícia. Ele revela os nossos sentimentos e, por vezes, trai os nossos pensamentos. Quantas vezes o olhar revela sentimentos que não pensamos em revelar.
Pensemos por um pouco nos diversos olhares humanos.
Há o olhar cintilante dos enamorados. Ele revela expectativa, sonhos, coração ardente, entusiasmo. Revela o fruto da confiança nos sentimentos do outro, na sua sinceridade.
Também tem o olhar cintilante os enamorados pela vida.  Seja do  profissional que aprecia o que faz, que tem convicção de estar cumprindo um importante  papel social, seja do pai ou da mãe  que pode sentir orgulho dos seus filhos. Pode ainda ser o olhar do jovem que acaba de ingressar na faculdade, no curso dos seus sonhos. Todos têm um brilho no olhar. É um olhar contagiante, animador.
Há o olhar faiscante de ódio e rancor. É o olhar dos feridos, dos que planejam vingança. Dos que sonham com a desforra, com a aniquilação do outro.
Há o olhar sem brilho do desiludido. Um olhar que expressa desânimo e revela a desilusão que vai na alma. É o olhar do decepcionado com o próximo e com a vida. É olhar desesperançado do desempregado, do pai que tem um filho dominado pelas drogas, daqueles que investiram “tudo” e parece não estar tendo retorno. O olhar daqueles que perderam fé e caíram no vazio. Era o meu olhar naqueles dias.
Há o olhar desconfiado. Ele revela a desconfiança no outro ou na sua própria capacidade de convencimento.
Há o olhar de reprovação expresso nos olhos dos pais quando discordam do comportamento dos filhos. É o que chamávamos, quando crianças, de “rabo de olho”.
Há o olhar vago, dispersivo, de quem não entendeu ou não está interessado no assunto. Era o olhar de muitos alunos nas minhas aulas de matemática.
Há o olhar de descrença no outro. Aquele olhar que me diz que você não aposta em mim, não acredita no que eu proponho e nem na minha capacidade ou boas intenções. Não acredita na minha história da vida, na dor que eu sinto, na disposição que tenho. Era ao olhar que me fustigava naqueles dias.
Há também o olhar perscrutador do cientista. Daquele que busca desvendar algum mistério relacionado com a sua área de conhecimento. Mistério que existe em cada objeto que ele vê. O cientista olha o mundo diferente.
Há ainda o olhar malicioso de quem está com objetivo de derrotar o outro. Em busca de um pretexto, de uma oportunidade para dar o golpe fatal. Não é um olhar de ódio, mas é um olhar de maldade, de hipocrisia.
Cada olhar reflete um estado de espírito ou uma condição do caráter. Se for passageiro, momentâneo reflete o estado de espírito ou humor da pessoa. Se for constante reflete o caráter.
Esses são os olhares humanos e há outros que poderiam ser indicados pelo leitor, mas vamos parar por aqui por não ser nosso objetivo analisar esses olhares. Este foi apenas um prelúdio para preparar o nosso espírito para compreensão do olhar de Jesus.
Por que o olhar de Jesus é maravilhoso e por que provocou lágrimas em Pedro?
O olhar de Cristo é capaz de desnudar a alma humana e Ele sempre surpreendeu os Seus seguidores com o Seu olhar. O Seu olhar  descobria necessidades secretas, problemas ocultos. Mas era um olhar de compaixão. Ele não usava dessa sua capacidade de desvendar os segredos para expor as pessoas ao ridículo. Não tentava desmascará-las embora tudo soubesse sobre elas.
Referindo-Se a Judas ele disse: “um de vós é o diabo” (Jo 6:70). Mas foi tão discreto que cada um dos outros se perguntava: será de mim que Ele esta falando?
Dissemos que o olhar de Cristo desvendava necessidades secretas e se compadecia dos sofredores. Vejamos alguns exemplos.
Ao olhar para a mulher samaritana (João 4), viu o horário impróprio de buscar água,  percebeu o seu andar desconfiado e o olhar sorrateiro. Descobriu imediatamente toda a desventura da sua alma. Desvendou toda a mazela espiritual da sua vida. Mas (que olhar maravilhoso!),  não a condenou. Deu-lhe esperança, um significado para vida.
Ao olhar para a mulher pecadora (João 8), ameaçada de morte, percebeu toda a angústia que invadia a sua alma e viu a vítima que se escondia sob seus longos cabelos. Viu a dor que se estampava no seu rosto cansado. Ao Seu olhar não havia naquele rosto sinais de maldade ou de safadeza. Havia sim, uma profunda dor e desilusão para com os seres humanos, especialmente para com os homens que a exploraram e agora a condenavam. Que “maravilhoso olhar”!
Ao olhar para Mateus, sentado na alfândega, cobrando impostos (Mat. 9:9), os homens viam ali um publicano, traidor do povo, um desprezível. Jesus, ao olhar para ele, viu mais do que um publicano. Viu o desejo que ele tinha de ser aceito novamente, de ser reintegrado ao seu povo.  E lhe disse, vem comigo!
Ao olhar para Pedro, na praia do Mar da Galiléia, viu, sob a aparência rude do pescador, um coração bondoso, um espírito voluntário.
Ao olhar para Herodes viu toda a arrogância da sua alma e o seu desejo de tirar proveito de qualquer situação por mais aviltante que fosse. Foi por isso que se recusou em atender o desafio de Herodes de proceder alguns milagres em sua presença (Lc 23:8, 9).
Ao olhar para Pilatos viu a covardia estampada em seu rosto. Viu o seu compromisso com o poder, mas não com a justiça. Viu a submissão cega ao poder romano e o descompromisso para com a verdade. Viu o desejo de manter-se no poder a qualquer custo( Jo 18).
Essa é a maravilha de olhar de Jesus.
Por que então, ao olhar para Pedro, na sala do Sinédrio  provocou lágrimas? Foram lágrimas de desespero ou lágrimas de esperança? Por que foi maravilhoso aquele olhar?
Foi maravilhoso porque Jesus, mesmo sendo capaz de desnudar a alma humana e descobrir todas as suas mazelas, não expunha as pessoas ao ridículo e nem as desesperançava. Não lhes jogava em rosto a fraqueza descoberta.
Jesus previa os acontecimentos, avisava os envolvidos, mas não esperava que eles compreendessem plenamente as suas instruções.  Ele sabia o que ia acontecer, mas compreendia a fraqueza humana em evitar que o fato se concretizasse.
Ele, ao desvelar a alma humana, penetrava também nas lutas internas de cada ser, nos conflitos da alma, nos desejos humanos e na incapacidade humana para gerenciar as emoções nos momentos de tensão.
Quando Ele alertou a Pedro de que O negaria três vezes naquela noite, não estava chamando a Pedro de covarde ou querendo revelar a sua fraqueza (Mt 26:34). Na realidade, Ele estava dizendo: Pedro, você é um forte, um homem sincero e destemido. Alguém que enfrenta o mar bravio sem temor, que está disposto a dar a vida por esta causa  que abraçou. Mas, Pedro, a situação pela qual irei passar, a cena que você  vai presenciar, se me acompanhar, é indescritível. Será tão cruel, tão desesperadora, tão desumana, tão inédita que você não vai conseguir compreender e, conseqüentemente, não conseguirá  suportar. Quero poupá-lo desse sofrimento atroz, dessa cena desesperadora. Não quero vê-lo arrasado, desiludido com tudo e com todos  e por isso o aviso para que você se poupe dessa hora. Não tente me apoiar quando Eu estiver preso, Pedro. Você não conseguirá. A situação se afigurará pior do que tudo que já foi vivenciado ou imaginado por você, por isso você não suportará e me negará três vezes.
Ele queria evitar a dor de Pedro, mas Pedro não compreendeu como muitos de nós não compreendemos e não compreenderíamos se estivéssemos lá.
Pedro imaginou que nada poderia ser pior do que o mar bravio, que nada poderia superar as injustiças sociais presenciadas por eles continuamente, que nada superaria as desilusões que o povo  sofria em relação aos líderes. O pior já estavam vivendo, pensava ele.
E Pedro entendeu que deveria apoiar Jesus, nesse momento. Que deveria segui-lo de perto para dizer-Lhe: aqui está o seu amigo. Jesus compreendeu que seria inútil insistir e se calou.
E Pedro foi acompanhando os guardas quando estes levaram o seu Mestre. Queria ser útil, apoiar.
No entanto, ao chegar ao sinédrio o que ele presenciou era pior do que o imaginado. A Esperança de Israel estava sendo desprezada, esbofeteada pelos sacerdotes, maltratada pelos líderes religiosos da sua nação.   E o Mestre, tão corajoso, que dominava o mar e que expulsava os demônios não abriu a Sua boca.  Havia o Mestre se acovardado?
Apanhou de um soldado e perguntou calmamente: por que me feres? Ele, que naquela mesma noite havia feito uma escolta inteira tombar-se no horto, agora apanha e ainda perguntou: que fiz de errado para merecer essa bofetada? Parecia alheio ao que se passava.
Aquele que Pedro julgava o dono saber parecia não entender de nada. O forte em denunciar a hipocrisia dos líderes se calara na presença deles. Estava dominado.
Ele que acalmou o mar e curou doentes; que curou  leprosos da doença mais temível da época. Ele que ressuscitou mortos já em estado de putrefação, que chamou os fariseus de hipócritas e desafiou a moral existente indo comer com pecadores,  agora se cala diante dos fariseus que o acusam.
Ele que havia feito os guardas tombarem lá no Getsêmani, e disse que teria doze legiões de anjos à sua disposição agora apanha e pergunta inocentemente: por que me feres?(Jo 18:23)
Diante de tal cena, tão inesperada, uma dúvida invade a alma de Pedro. Seria aquele personagem o Jesus que Pedro conhecia? Estaria de fato tudo aquilo acontecendo ou estaria ele a sonhar em público? Tudo aquilo que ele presenciara, nos três anos que seguiu a Jesus, teria sido verdade ou estivera ele enganado o tempo todo?  Seria Jesus apenas um mágico e ele Pedro, tão cegado pelo fanatismo, teria visto acontecer cenas que, na realidade, nunca aconteceram?
Pedro confuso, diz para a moça que o aborda: “não conheço esse homem” (Mt 26:74). Pedro estava dizendo: não sei se é este o homem que eu estava seguindo. O que eu estava seguindo era um forte, era Deus, curava, dominava o mar e o mundo e jamais seria humilhado como o vejo agora!
Deve haver um equívoco em tudo isso, pensava Pedro. Ou eu estava iludido antes ou estou sendo iludido agora.
Parece que vejo Pedro, à semelhança do filósofo Descartes, dizer: os sentidos me enganam. Ou eu seguia um embusteiro e agora vejo o seu verdadeiro caráter, ou o verdadeiro Deus que  eu seguia escapou das mãos dos soldados e este que vejo é outro que, por estar desfigurado pelos hematomas e abatido pelo cansaço,  se parece com qualquer um, inclusive com ele. Pedro, ao negar, estava tentando ganhar tempo para por os seus pensamentos em ordem e se apropriar da situação.
Quando o galo cantou Jesus ele olhou para ele. E o olhar de Jesus lhe transmite uma mensagem. Pedro, dizia o olhar de Jesus, você é um forte, mas, como eu disse, a situação é pior do que qualquer homem pude suportar. A cena é tão incompreensível, é tão estonteante que eu quis poupá-lo disso. Lembra-se que eu o avisei? Quando vi que não conseguia demovê-lo do intento de me acompanhar nesta hora dei-lhe um sinal. Este galo, portanto,  cantou para lembrá-lo de que Sou Eu mesmo que Estou aqui; que você não está  equivocado; não está seguindo o prisioneiro errado. Sou Eu mesmo, Pedro. O que você viu e o que está vendo agora é a realidade, Pedro. Não há engano e nem ilusão de ótica. É simplesmente isso mesmo, e foi para isso que Eu vim. Aqui estou mais uma vez  mostrando o meu  poder sobrenatural em revelar o futuro e meu pleno domínio sobre as emoções mesmo diante de tanta tensão.
Pedro compreendeu a mensagem no olhar de Jesus e chorou. Foi um choro de frustração diante da sua fraqueza, por isso foi amargo, mas não foi um choro de desespero porque o olhar de Cristo foi confortador, um olhar de quem compreende as falhas humanas cometidas nos momentos de tensão.  Sim, ali estava, de fato, o Messias e o seu olhar  transmitiu uma mensagem de esperança.
Pedro compreendeu isso e o autor do hino cantado também captou a grandeza desse olhar.
O olhar de Cristo é maravilhoso porque não condena. É maravilhoso porque nos diz: não se desespere e nem se envergonhe porque Eu sabia que a prova seria difícil  e estaria além da capacidade humana de suportar.  Você não me traiu, você não é um covarde. Você é apenas um ser humano que está vivendo no limite, portanto, não entre em pânico.
Este é o olhar de Cristo e por isso é maravilhoso.
Lucas 22: 54 – 62       
Antonio Sales      profesales@hotmail.com
Bodoquena, 16/01/2002.

13 comentários:

  1. Realmente o texto ficou muito bonito e coerente com o caráter de Cristo; a Sua disposição em apostar em nós, porque Ele conhece o que somos e no que podemos nos tornar. Parabens!

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  2. Lindo!!! Parabéns! O olhar de Cristo é um olhar que nos dá animo!

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  3. Muito bonito e animador professor sales, principalmente nesses tempos em que tudo parece conspirar contra nós, percebi que jesus olha meu coração e ve minha luta interior, por tentar fazer algo de bom, não conseguir e acabar por me frustrar. Parabens e que Deus ilumine sua mente.

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  4. Precisamos de um Deus que nos ame (compreenda, tolere, apoie) para que possamos nos humanizar. Sentimos falta disso e precisamos aprender isso. Um religião centrada em um Deus que espreita
    não é animadora.

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  5. Meu Mestre Sales
    Vamos semear o olhar de Jesus.
    Todo ser vivo ao se sentir amado, não importa quanto tempo se dará a transformação. Dele você sentirá de alguma forma um olhar de Jesus. Não é tarefa fácil essa sua, mas é nela que eu acredito, nos seres humanos de boa vontade. Os semeadores do verdadeiro amor, amor esse, aqui chamado de olhar de Jesus. Não devo conhecer o hino que o inspirou, mas agradeço à irmã que o fizera relembrar.

    Não tenho tido tempo,apenas leio.
    Hoje resolvi responder.

    Muitos abraços
    Sua sempre, aluna
    Marcia

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  6. Olá Marcia, já que insiste em ser ainda a minha aluna devo dizer-lhe que me sinto feliz com a sua manifestação de carinho. Se modo de ver a vida me inspira. Sua humildade em ainda me ter como mestre apesar de já ter tantas coisas a me ensinar, me eleva.
    Sim, Marcia, vamos semear o olhar de Jesus.

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  7. Olá, toda vez que leio esse texto, parece que leio pela primeira vez. É muito bem escrito e toca na alma. De alguma maneira consigo me identificar em algum desses olhares.Lindo.Tudo lindo. Abraços

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  8. Fico feliz em contribuir para essa reflexão.
    Obrigado pelo privilério de tê-lo como leitor.

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  9. Obrigado, Márcia. Fico feliz em contribuir

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  10. "por acaso" achei este seu blog, quando procurava algo para preparar um estudo para o próximo sabado em nossa igreja, peço sua permissao para usar seu texto em minha pregação, pois ele é o que procurava para falar aos irmaos sobre este olhar maravilhoso, que o senhor tao bem descreveu. Deus o abençoe sempre.

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  11. Fico honrado pelo fato de gostar do meu texto e julga-lo oportuno para um mensagem de púlpito.
    Pode usar o texto Maciel.
    Peço por gentileza que cite a fonte.

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    1. Boa noite Professor,

      Obrigado pela gentileza. Certamente farei menção a fonte de tao brilhante texto.

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