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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

COISAS QUE NÃO SE VEEM




Foi o apóstolo Paulo quem enfrentou diretamente o problema de explicar como se comportar diante de uma batida de porta na cara (ver www.apontandocaminhos.blogspot.com) ao escrever aos coríntios (2Co 4).
Para ele o mais importante não era compreender as frustrações da vida, mas enfrenta-las com a mesma coragem de Jó. Paulo sentia o corpo tremer (se corromper) diante das dificuldades encontradas  e diante das ausências divinas. Sentia o espinho espetar a sua carne e entendia que teria que tirar forças da fraqueza.
Os problemas passam, são temporais, se enfrentados com força, com determinação. Se a fé não vacila e o sujeito não se acomoda, se o sujeito entende o silêncio divino como uma “ordem” para marchar, a recompensa virá, disse Paulo.
Na realidade o que Paulo estava dizendo é que não adianta ficar perguntando “por quê?”, mas perguntar como “posso superar isso?”. Quais os recursos que estão disponíveis para a superação do problema?
Creio que a sociedade secular entendeu melhor essa proposta de Paulo, que acredito ser divina, do que comunidade de crentes. A sociedade secular encarou o câncer como algo a ser vencido (estamos quase chegando nesse ponto) enquanto a comunidade de crentes se contenta em perguntar “até quando Senhor?”. A sociedade secular entendeu que a violência doméstica se resolve com ações afirmativas, enquanto os crentes se ajoelham (revelando a sua impotência) para orar diante a da vítima. A sociedade secular criou a Lei “Maria da Penha” e a Delegacia da Mulher enquanto os religiosos oravam.
Talvez alguém possa dizer que tudo isso foi realizado em reposta à oração. Em parte pode ser verdade. Algum filho viu os pais orando e resolver agir. Algum pregador anunciou uma oração em favor das vítimas e alguém, em contrapartida, resolveu anunciar uma ação.
A oração tem o seu valor, mas não pode ser usada como um substituto da ação. Deve ser usada como complemento e como instrumento de mobilização. Paula deixa claro que Deus silencia para que transformemos a nossa fraqueza em força.

Antonio Sales    profesales@hotmail.com
Campo grande, 13 de setembro de 2013.

7 comentários:

  1. Tudo será perfeito só quando Deus estabelecer SEU NOVO REINO neste mundo. Pelo contrario tudo estará sempre incompleto e imperfeito, o inimigo sempre coloca alguma coisa para desanimar as pessoas de bom senso.

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  2. Ao meu ver nem a lei nem oração está resolvendo, pelo tantos e tantos problemas familiares que acontece.

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  3. Olá, Sales. Acredito que oração sem ação, é oração morta. Temos que fazer a parte do movimento, do ir à busca. Nada cai do céu, gratuitamente. Muitas vezes é no silêncio que ouvimos a voz de Deus nos impulsionando, dando coragem para seguirmos a "marcha" com passos firmes e fazendo a diferenças em nossas atitudes. Apesar de tantas injustiças, problemas familiares como citado no texto do colega acima, não podemos desistir nunca, pois creio que são essas mesmas dificuldades é que nos mantêm alertas, vivos para a vida. Abraço

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  4. Oração sem ação é oração morta. Uma boa síntese

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  5. Ação sem oração é AÇÃO morta.

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  6. Vamos pensar que o ideal é unir ação e oração para que nem um corra o risco de cair morta. Ok?

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  7. Não estamos defendendo que se anule a oração. O que estamos questionando é esse apego à oração como fuga da responsabilidade.

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