Foi o apóstolo Paulo quem enfrentou
diretamente o problema de explicar como se comportar diante de uma batida de
porta na cara (ver www.apontandocaminhos.blogspot.com)
ao escrever aos coríntios (2Co 4).
Para ele o mais importante não era
compreender as frustrações da vida, mas enfrenta-las com a mesma coragem de Jó.
Paulo sentia o corpo tremer (se corromper) diante das dificuldades encontradas
e diante das ausências divinas. Sentia o espinho espetar a sua carne e
entendia que teria que tirar forças da fraqueza.
Os problemas passam, são temporais, se
enfrentados com força, com determinação. Se a fé não vacila e o sujeito não se
acomoda, se o sujeito entende o silêncio divino como uma “ordem” para marchar,
a recompensa virá, disse Paulo.
Na realidade o que Paulo estava dizendo é
que não adianta ficar perguntando “por quê?”, mas perguntar como “posso superar
isso?”. Quais os recursos que estão disponíveis para a superação do problema?
Creio que a sociedade secular entendeu
melhor essa proposta de Paulo, que acredito ser divina, do que comunidade de
crentes. A sociedade secular encarou o câncer como algo a ser vencido (estamos
quase chegando nesse ponto) enquanto a comunidade de crentes se contenta em
perguntar “até quando Senhor?”. A sociedade secular entendeu que a violência
doméstica se resolve com ações afirmativas, enquanto os crentes se ajoelham (revelando
a sua impotência) para orar diante a da vítima. A sociedade secular criou a Lei
“Maria da Penha” e a Delegacia da Mulher enquanto os religiosos oravam.
Talvez alguém possa dizer que tudo isso foi
realizado em reposta à oração. Em parte pode ser verdade. Algum filho viu os
pais orando e resolver agir. Algum pregador anunciou uma oração em favor das
vítimas e alguém, em contrapartida, resolveu anunciar uma ação.
A oração tem o seu valor, mas não pode ser
usada como um substituto da ação. Deve ser usada como complemento e como instrumento
de mobilização. Paula deixa claro que Deus silencia para que transformemos a nossa
fraqueza em força.
Antonio Sales profesales@hotmail.com
Campo grande, 13 de setembro de 2013.
Tudo será perfeito só quando Deus estabelecer SEU NOVO REINO neste mundo. Pelo contrario tudo estará sempre incompleto e imperfeito, o inimigo sempre coloca alguma coisa para desanimar as pessoas de bom senso.
ResponderExcluirAo meu ver nem a lei nem oração está resolvendo, pelo tantos e tantos problemas familiares que acontece.
ResponderExcluirOlá, Sales. Acredito que oração sem ação, é oração morta. Temos que fazer a parte do movimento, do ir à busca. Nada cai do céu, gratuitamente. Muitas vezes é no silêncio que ouvimos a voz de Deus nos impulsionando, dando coragem para seguirmos a "marcha" com passos firmes e fazendo a diferenças em nossas atitudes. Apesar de tantas injustiças, problemas familiares como citado no texto do colega acima, não podemos desistir nunca, pois creio que são essas mesmas dificuldades é que nos mantêm alertas, vivos para a vida. Abraço
ResponderExcluirOração sem ação é oração morta. Uma boa síntese
ResponderExcluirAção sem oração é AÇÃO morta.
ResponderExcluirVamos pensar que o ideal é unir ação e oração para que nem um corra o risco de cair morta. Ok?
ResponderExcluirNão estamos defendendo que se anule a oração. O que estamos questionando é esse apego à oração como fuga da responsabilidade.
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