Em texto
anterior expressei a minha opinião sobre a não profissionalização das lides do
lar. Disse que apesar de estarmos vivendo em um tempo de muito conhecimento
técnico e científico as tarefas domésticas ainda continuam sendo executadas
empiricamente, com base na tradição.
Faz-se
hoje o mesmo que se fazia no tempo dos nossos avós ou ainda dos avós desses.
Ainda não se exige qualificação profissional para ser dona de casa. Temos
cursos para cozinheira de restaurantes, lavandeira de lavanderias e esperamos
que as empresas do ramo contratem profissionais com cursos específicos. Mas na
hora de nos casarmos, de construirmos a nossa família, não exigimos que o
cônjuge tenha cursos sobre como economizar água nas lavadoras domésticas,
energia ao passar roupa e que saiba utilizar sobras de comida. Não exigimos que
tenha aprendido a cozinhar, conservar roupas e alimentos, preparar alimentos
específicos para algumas dietas. Em alguns casos quem fica para cuidar da casa
é o menos qualificado. As pessoas contratadas para cuidar da nossa casa são as
menos preparadas por serem as mais baratas. Algumas mulheres quando começam
preparar o enxoval se afastam da escola como se não precisassem de mais
informação.
Parece que cuidar de filhos não seja coisa tão
séria para algumas pessoas que planejam constituir família. Contratamos pessoas
com boa experiência e cursos para cuidar de bezerros, mas para cuidar de
filhos, não.
O que
temos visto é que para o homem, ao se candidatar para o matrimônio, espera-se que
esteja trabalhando ou se preparando adequadamente para isso. Para a mulher, que
normalmente vai cuidar da casa, não há essa exigência. Não há nem mesmo a
exigência de que tenha feito algum curso sobre educação de crianças.
Conversava,
casualmente, com um amigo sobre as creches. Ele revelou a sua admiração pelo
trabalho que ali é realizado, pelo cuidado que as mulheres que trabalham nas
creches têm para com as crianças. Seu filho é atendido em uma delas e ele já
esteve lá várias vezes para ver como funciona.
A diferença que percebeu no seu filho desde que começou a ser atendido é
significativa. Houve progresso rápido na fala, na autonomia e na coordenação
motora.
Algumas
pessoas defendem ardentemente que as crianças devam ficar com as mães nos
primeiros anos de vida. A mãe é a melhor professora, dizem elas, porque educa
com amor e carinho. Elas não dizem nada sobre as mães que não receberam e não
recebem carinho. Mulheres que são frutos de uma família sem afeto, marcada pela
agressividade, que se não receberem preparo e atenção dificilmente educarão com
carinho. Mulheres que se tornam mães de filhos gerados por pais agressivos são
impacientes. Quem não está bem consigo mesmo dificilmente tratará o outro com
carinho.
Além desses
senões há ações que necessitam ser executadas por profissionais para adquirir
maior eficiência. A saúde é um bom exemplo. Quanto mais especializado o
profissional melhor no resultado esperado no tratamento e os riscos de erros
diminuem. Por que a educação deve continuar nas mãos de leigos? Além de profissionalizar a educação das
crianças é necessário profissionalizar a missão de mãe.
Nova Andradina,
08/09/2013.
Antonio
Sales profesales@hotmail.com
De todos os textos em que li,ao meu ver este é o mais polêmico.As mulheres de hoje ao ficarem em casa cuidando dos filhos e da casa se sentem escravas, pelo fato de não serem remuneradas; uma mulher especializada em cuidar de casa e crianças, jamais vai querer ficar em casa, sem ver dinheiro, e diante da LEI brasileira em que os direitos são iguais para ambos os sexos.Ao implantar tal curso tem de ser para ambos os sexos. Ensinei meus filhos fazer toda a lida de casa, pra eles realizar serviços doméstico cuidar de criança não é motivo de desacordo com as esposas.Curso para ambos deve ser bem aceito e útil.
ResponderExcluirMuito bem. Curso para quem vai cuidar da casa. Infelizmente este é sempre o menos preparado.
ExcluirVamos falar de um casal que possui o mesmo nível de conhecimento e financeiro, de alto poder aquisitivo. Quem cuida da casa?
ExcluirServiço específico só pra homem ou só pra mulher desapareceu, estamos em uma transição de costumes, creio que o povo vai demorar e muito para colocar as coisas no lugar certo. Quem sabe um curso para ambos incluindo os pais possa ajudar, estamos enfrentando leis absurdas, e além de absurdas mal compreendida pela população.
ResponderExcluirDe acordo. falei das mulheres porque apesar da "transição dos costumes" as tarefas domésticas ainda estão centradas nas mulheres. Concordo que o curso seja par ambos.
ExcluirQuando falamos em lei ela declara igualdade, mas quando falamos no SER homem e mulher as diferenças são enorme, por isso falei; o povo vai demorá muito para colocar as coisas no lugar.
ExcluirA discussão não é quem cuida da casa, mas o preparo de quem cuida da casa. O quanto esse componente familiar se prepara para educar filhos, fazer economia, etc.
ExcluirFalando do bicho mulher(sou mulher)elas gostam mesmo é de dinheiro e serem paparicadas. E entendem que tudo será assim, por isso quando estão preparando para se casarem não querem outra coisa abandona tudo. Quando elas assustam o leite já derramou.
ResponderExcluir"Quando assustam o leite já derramou". Que triste!
ResponderExcluirAs realizações em seu tempo real não é fácil, veja recuperar o tempo em já se foi, é realmente triste e se torna mais triste quando vc analisa tudo e diz a si mesmo não posso mudar ninguém.
ExcluirA proposta é que se comece (igrejas, escolas, clubes de mães, etc.)preparar as novas "mães", isto é, aquelas pessoas que pretendem constituir família e que em algum momento terão que assumir as tarefas de casa enquanto o cônjuge busca o sustento fora. Não importa se é homem ou mulher que fará esse trabalho, importa que a função tenha um mínimo de profissionalismo. Importa que a pessoa seja minimamente esclarecida sobre essas tarefas, principalmente as relacionadas à educação, economia e relacionamentos.
ResponderExcluirCéus! A proposta deve ser um incentivo as mulheres NÃO terem filhos (ou não terem mais filhos)! O texto DE OPINIÃO acima põe em debate apenas uma problemática da complexidade da educação para nossos tempos, existem milhares de outros poréns e senãos. Sendo assim, porque não as instituições defenderem o planejamento familiar ou até mesmo expandir a ideia de não terem filhos (é claro q ainda vão continuar a ter filhos, mas índice de filhos\família cairá bastante). Se quiserem saber como isso é bom, lêem livros de Geografia (pirâmide etária) e alguns filósofos socialistas, eu acho hahaaa. Para os crentes, leiam Ellen White,em que diz em algum lugar que não é bom termos filhos nos últimos tempos.
ExcluirÓtimo Déborah
ExcluirPenso que ter ou não filhos é decisão da pessoa (melhor ainda se for do casal), mas a educação desses filhos é um dever social. Esses filhos irão atuar na sociedade e devem ser preparados para isso.
Achei a solução pra tal assunto, é criar uma instituição seria com as cujas pessoas preparadas, e pra lá levar todas as crianças de mães despreparadas e que nada querem.
ResponderExcluirA proposta é preparar as famílias para os novos tempos
ResponderExcluirConheço casal que na casa não tem fogão, só microondas e dizem estarem certo. Há poucos dias assisti o casamento de uma menina de 17 anos. Ela continua na casa dos pais e ele trabalhando em uma cidade a 200 km e dizem estarem certo. Assim sendo os novos tempos já estão ai. Estamos vivendo tais dias. Se elas querem ser igual eles- o que fazer?.
ResponderExcluirNão vamos entrar no questionamento dos direitos das pessoas. Estamos propondo que as pessoas a se prepararem ou que sejam estimuladas a se prepararem para assumir as responsabilidade.
ResponderExcluirAté que em fim o final feliz "estimular" SIM, devemos sentir como responsabilidade, diante de tal situação.
ResponderExcluirO primeiro passo foi mostrar a importância e provocar a discussão. Vamos pensar mais sobre o assunto e provocar o debate livre de preconceitos
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