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domingo, 19 de fevereiro de 2012

JUDÁ E TAMAR: UM EXEMPLO DE HOMEM JUSTO


Este é o quarto capítulo desta série que teve como motivo a experiência de Judá e Tamar, relatada em Gên. 38. Desta vez focalizaremos a justiça de Judá.
Apesar de estar adaptado às práticas da época, sentiu culpa por ter induzido sua nora ao erro, por tê-la forçado a um ato de subserviência. Repugnava-lhe ser opressor. Só procedia assim nos momentos de fraqueza, quando a carne dominava o espírito, quando a fé cedia lugar ao status. Creio que é por isso que o seu nome ainda permanece no rol dos salvos.
Creio também que Tamar se atreveu a recorrer ao expediente execrando porque tinha confiança no senso de justiça do sogro, pois caso contrário sua morte era certa e de nada valeria o expediente - a menos que estivesse vivendo na mais extrema penúria, que a miséria fosse tamanha, que morrer ou viver lhe  fosse indiferente. Mas se fosse esse o caso ela teria esperado pelo pagamento. Vê-se, portanto, que a sua intenção era defender o seu direito,  receber a herança, sensibilizar o sogro. E ele foi sensível, reconheceu o apelo da nora e fez-lhe justiça.
Judá era irmão de Levi e Simeão, no entanto não tomou parte na traição feita por seus irmãos a Hamor e seu filho Siquém  por ocasião do desrespeito a Diná. Salvou a vida de José, não permitindo que seus irmãos o matassem e sugerindo que o vendessem aos ismaelitas. Diante de José, no trono do Egito, prontificou-se a ficar preso no lugar de Benjamim e sua demonstração de lealdade comoveu José e o convenceu a dar-se a conhecer a seus irmãos. Apesar de tudo, apesar das suas fraquezas, ele estava entre os melhores homens do seu tempo.
Jesus disse: “Em verdade vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus”[1].
Se não formos mais justos do que as pessoas do nosso tempo, mais honestos do que eles, um melhor cristão do que aqueles que frequentam a igreja conosco não herdaremos o reino.
Como esse senso de justiça só se implantará em nosso coração quando ele for habitação do Espírito Santo, necessitamos de uma comunhão diária com Cristo. Só estabeleceremos uma correta ordem de valores, se tomarmos a Bíblia como regra de prática.
Esses valores só serão cultivados por nossos filhos se virem o nosso exemplo e se os reforçarmos com nossos conselhos.



[1] Mat. 5:20

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