Hoje, enquanto trabalhava, ouvia um programa
televisivo. Não sei o nome do
Programa e também não me preocupei em identificar a emissora. Ouvia um grupo de religiosos conversando com jovens e falando sobre a paz. Um deles disse que o líder deles havia recomendado que rezassem pela paz do mundo.
Programa e também não me preocupei em identificar a emissora. Ouvia um grupo de religiosos conversando com jovens e falando sobre a paz. Um deles disse que o líder deles havia recomendado que rezassem pela paz do mundo.
Enquanto me perguntava se a guerra e a opressão se
resolvem com oração ele explicou que não estava falando das guerras, mas da paz
interior. Nova pergunta brotou em minha mente: como resolver o problema da
falta de paz interior dos outros pela oração?
Vou tentar resolver as minhas questões. Se não
entendi o que ele disse vou, pelo menos, tentar explicar o que me inquietou em
cada momento da sua fala.
Embora a palavra guerra já traz em si o potencial de me causar calafrios e torcer para eliminada do vocabulário humano, tenho que admitir que ela, por vezes, é necessária. Hanah Arendt, uma respeitada socióloga, afirmou que uma guerra nem sempre é declarada com o desejo de matar ou de oprimir, mas de conter uma opressão ou fazer cessar uma matança. Pode ser um tratamento de choque em um opressor que vem provocando prejuízos incalculáveis em uma população. Uma rebeldia pode ser necessária para deter a marcha de um ditador cruel. Muitas vidas podem ser ceifadas para que outros, que vierem depois tenham paz. Sei que é triste pensar assim, sei que nos causa mal-estar essa condição humana, mas sei também que isso já é suficiente para nos convencer que a oração não tem poder de fazer cessar as guerras.
Embora a palavra guerra já traz em si o potencial de me causar calafrios e torcer para eliminada do vocabulário humano, tenho que admitir que ela, por vezes, é necessária. Hanah Arendt, uma respeitada socióloga, afirmou que uma guerra nem sempre é declarada com o desejo de matar ou de oprimir, mas de conter uma opressão ou fazer cessar uma matança. Pode ser um tratamento de choque em um opressor que vem provocando prejuízos incalculáveis em uma população. Uma rebeldia pode ser necessária para deter a marcha de um ditador cruel. Muitas vidas podem ser ceifadas para que outros, que vierem depois tenham paz. Sei que é triste pensar assim, sei que nos causa mal-estar essa condição humana, mas sei também que isso já é suficiente para nos convencer que a oração não tem poder de fazer cessar as guerras.
Se pudesse fazer cessar a guerra, poderia ter
evitado que a guerra fosse desencadeada ou se tornasse necessária . Para fazer cessar uma guerra é preciso fazer
algo mais do que orar, rezar, implorar. Na realidade, nem sei dizer tudo o que
deve ser feito nesses casos, mas sei que orar é pouco demais. Orar é delegar a
Deus o que nos cabe fazer. Pode nos levar a cruzar os braços e deixar que o
outro sofra enquanto dormimos de consciência tranquila. É certo que não podemos
resolver os problemas do mundo, mas podemos criar consciência nos que sofrem e
motivá-los a lutar pelos seus direitos.
E sobre a paz interior? Como é conseguida?
A paz interior é resultado do perdão, da liberdade
interior, da infusão da graça na sua vida. Não se tem paz sentindo culpa por não
ter conseguido ajudar o outro, por não ter acertado nas tentativas de fazer o
bem ou por não ter conseguido evangelizar. Por outro lado, a paz dos braços
cruzados pode anestesiar a consciência moral, amordaçar a voz dos que poderiam
clamar em favor do outro.
Quando a paz interior provém da liberdade, do
alívio do sentimento de culpa, da consciência do dever cumprido, da aceitação
das próprias limitações, então a pessoa faz mais do que orar. Ela faz o que o
meu amigo Genival Mota faz: cria o projeto de vida para ajudar jovens a
construir o seu próprio currículo. Faz como o professor Marcos: cria o projeto
sonhar para tirar jovens o mundo das drogas. Faz como o meu amigo Arnaldo
Rodrigues e outros que coordenam os grupos de amor exigente.
Orar é bom é deve e ser cultivado, mas é pouco.
Antonio
Sales profesales@
hotmail.com
Nova Andradina, 18 de agosto de 2014.
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