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sexta-feira, 14 de junho de 2013

OS PUROS DE CORAÇÃO

Jesus disse que são “bem-aventurados os puros de coração por que eles verão a Deus” (Mt 5:8).
Antes de falar dessa pureza retomo o conceito de verdade que tenho apresentado. Tenho falado da verdade institucional, da “verdade” dos dogmas que são particulares de cada instituição. Tenho falado da verdade proveniente da hermenêutica particular de cada igreja, se entendermos igreja como instituição, como religião instituída. Essa é uma verdade particular, própria da instituição que a defende.
Hoje destaco outra verdade. Hoje falo da verdade como integridade pessoal, como um viver coerente e de acordo com as normas de conduta socialmente aceitas e também defendidas pela maioria das igrejas. É a verdade como pureza, como produto da humanização do homem, da ausência de más intenções. Uma verdade interior, pessoal,  que revela o quanto alguém é digno de confiança.
Quando Jesus disse que os puros de coração verão a Deus ele não estava dizendo que somente os que nunca erram serão salvos. Também não estava dizendo de um coração que  nunca sentiu ódio ou que seja incapaz de sentir ódio. Ele estava dizendo de um coração verdadeiro.
É aqui que entra o conceito a verdade interior que apresentei na introdução. Um coração puro que aquele que não esconde de Deus os seus pontos fracos, portanto, coerente com o que é esperado dele. Puro é o que erra sem más intenções e que quando odeia admite a sua fragilidade e necessidade de ajuda. Nisto está a pureza (coerência, verdade) desse coração: saber que não agiu corretamente e que precisa corrigir o erro.
 A sua pureza está em ser capaz de autoanálise, autocrítica e pedido sincero de ajuda. A pureza está em ser verdadeiro consigo mesmo, com o próximo e com Deus. Em não apresentar uma imagem distorcida de si mesmo.
Paulo (Fp 4:8) coloca a verdade e a pureza num mesmo “pacote” com as seguintes palavras: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”.
Antonio Sales      profesales@hotmail.com

Nova Andradina, 1º de junho de 2013.

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